A sessão plenária de ontem da Câmara de Belo Horizonte teve um fim estranhamente silencioso. Nem mesmo o presidente Léo Burguês (PSDB) dispôs-se a conversar com a imprensa após a aprovação, por 22 votos a 3, do Projeto de Lei que eleva em 61,8% o valor dos salários dos vereadores da próxima Legislatura. A proposta teve tramitação recorde. Foi protocolado na última segunda-feira e aprovado ontem.
A remuneração atual é de R$ 9.288,05 e saltará para R$ 15.031,76 - valor que corresponde a 75% do que ganham os deputados estaduais mineiros. A equiparação está prevista em lei federal, mas não obriga que os vereadores cheguem a esse teto.
Mas os vereadores preferiram se presentear com um índice muito descolado da realidade da maior parte dos trabalhadores brasileiros (confira a arte).
Os futuros parlamentares da Casa passarão a receber 27 vezes mais do que ganha um trabalhador com salário mínimo. Se a maioria parece ter sentido vergonha da aprovação e preferiu sair "à francesa" do plenário, alguns vereadores não se intimidaram com as vaias que vinham das galerias.
"Eu tenho vergonha é do salário que eu ganho na Câmara", declarou o vereador Henrique Braga (PSDB) ao encaminhar seu voto favorável. Braga não hesitou em completar: "Quem está insatisfeito, filie-se a um partido político e concorra às eleições no ano que vem".
As justificativas para a elevação salarial são muitas, mas, para o líder de governo, Tarcísio Caixeta (PT), o principal motivo é o acúmulo de funções. "Para as responsabilidades que um vereador tem, R$ 9.000 é pouco", justificou.
Até mesmo o combate à corrupção foi usado como argumento. "O vereador precisa ser bem remunerado para não se corromper", afirmou Henrique Braga.
Apenas três votaram contra o projeto: Arnaldo Godoy (PT), Iran Barbosa (PMDB) e Neusinha Santos (PT) - os dois últimos fizeram questão de explicar seus motivos, citando inclusive a crise financeira internacional. "Precisamos levar em conta a crise que atinge o Brasil", disse Neusinha.
Trem da Alegria
Com o voto favorável do vereador Cabo Júlio (PMDB) - que na sessão de anteontem fez questão de declarar que não havia assinado a proposta da Mesa Diretora - também foi aprovado o projeto que prevê a criação de 12 cargos comissionados na Câmara.
As vagas são para os mais altos níveis, em que os salários podem passar de R$ 9.000. O impacto financeiro previsto é de R$ 1.162.578,33 mensais.
A remuneração atual é de R$ 9.288,05 e saltará para R$ 15.031,76 - valor que corresponde a 75% do que ganham os deputados estaduais mineiros. A equiparação está prevista em lei federal, mas não obriga que os vereadores cheguem a esse teto.
Mas os vereadores preferiram se presentear com um índice muito descolado da realidade da maior parte dos trabalhadores brasileiros (confira a arte).
Os futuros parlamentares da Casa passarão a receber 27 vezes mais do que ganha um trabalhador com salário mínimo. Se a maioria parece ter sentido vergonha da aprovação e preferiu sair "à francesa" do plenário, alguns vereadores não se intimidaram com as vaias que vinham das galerias.
"Eu tenho vergonha é do salário que eu ganho na Câmara", declarou o vereador Henrique Braga (PSDB) ao encaminhar seu voto favorável. Braga não hesitou em completar: "Quem está insatisfeito, filie-se a um partido político e concorra às eleições no ano que vem".
As justificativas para a elevação salarial são muitas, mas, para o líder de governo, Tarcísio Caixeta (PT), o principal motivo é o acúmulo de funções. "Para as responsabilidades que um vereador tem, R$ 9.000 é pouco", justificou.
Até mesmo o combate à corrupção foi usado como argumento. "O vereador precisa ser bem remunerado para não se corromper", afirmou Henrique Braga.
Apenas três votaram contra o projeto: Arnaldo Godoy (PT), Iran Barbosa (PMDB) e Neusinha Santos (PT) - os dois últimos fizeram questão de explicar seus motivos, citando inclusive a crise financeira internacional. "Precisamos levar em conta a crise que atinge o Brasil", disse Neusinha.
Trem da Alegria
Com o voto favorável do vereador Cabo Júlio (PMDB) - que na sessão de anteontem fez questão de declarar que não havia assinado a proposta da Mesa Diretora - também foi aprovado o projeto que prevê a criação de 12 cargos comissionados na Câmara.
As vagas são para os mais altos níveis, em que os salários podem passar de R$ 9.000. O impacto financeiro previsto é de R$ 1.162.578,33 mensais.
Fonte: Super Notícia
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