Com base no maior valor apurado para a cesta no período, de R$ 272,09, em Porto Alegre, e levando em consideração o preceito constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para garantir as despesas familiares com alimentação, moradia, saúde, transportes, educação, vestuário, higiene, lazer e previdência, o Dieese calculou que o mínimo deveria ter sido 4,19 vezes maior do que o piso vigente no Brasil, de R$ 545.
O valor é maior do que o apurado para agosto, quando o mínimo necessário foi estimado em R$ 2.278,77 (4,18 vezes o piso em vigor). Em setembro de 2010, o Dieese calculava o valor necessário em R$ 2.047,58, ou 4,01 vezes o mínimo então em vigor, de R$ 510.
A instituição também informou que o tempo médio de trabalho necessário para que o brasileiro que ganha salário mínimo pudesse adquirir, em setembro de 2011, o conjunto de bens essenciais diminuiu, na comparação com o mês anterior e avançou ante o mesmo período do ano passado. Na média das 17 cidades pesquisas pela instituição, o trabalhador que ganha salário mínimo necessitou cumprir uma jornada de 93 horas e 58 minutos para realizar a mesma compra que, em agosto, exigia a realização de 94 horas e 38 minutos. Em setembro de 2010, a mesma compra necessitava o cumprimento de 91 horas e 4 minutos.
DENISE ABARCA - Agencia Estado
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