Com a ajuda da polícia, grandes empresários intimidam pequenos camponeses e sem terra para conseguirem fazer prevalecer seus interesses
23 de setembro de 2011
23 de setembro de 2011
Nesta semana veio à tona o esquema do governo Antônio Anastasia para favorecer grandes capitalistas ligados principalmente ao ramo da mineração. Grandes porções de terras eram entregues a empresas como a Gerdau e a Vale do Rio Doce através de um esquema que envolve a falsificação de documentos e o uso da repressão policial.
O primeiro passo para tomar a terra dos pequenos produtores era a utilização de policiais civis que se dirigiam até o local e faziam uma série de ameaças a eles. Após os camponeses cederem às pressões, grandes monopólios criavam uma empresa fantasma e repassavam dinheiro para a compra das terras. A Vale do Rio Doce, por exemplo, criou uma empresa de fachada denominada Floresta Empreendimentos e repassou a ela R$ 41 milhões para a compra de terras nos municípios mineiros de Salinos e Grão Mongol. Foi estimado que a área tenha um potencial de exploração de R$ 41 bilhões de reais.
O esquema para promover esta grilagem de terras envolve altos funcionários do governo, mostrando que nãos e trata de algo isolado, mas de uma política. O chefe do esquema era o secretário extraordinário de regularização fundiária, Manoel Costa, que facilitava documentos para forjar desapropriações.
No entanto, esta política não acontece somente em Minas Gerais. Em todo o país, os latifundiários e os governos federal e locais promovem uma grande ofensiva contra os camponeses pobres e os sem-terra. Dois casos são emblemáticos: uma na região amazônica, no Norte do país, com o Programa Terra Legal do governo federal. O segundo, que segue basicamente a mesma política, está sendo posto em prática no interior de São Paulo, no Pontal do Paranapanema, e é executado pelo governo Geraldo Alckmin.
Diante desta ofensiva, é preciso realizar uma ampla campanha em defesa dos sem-terra e denunciar este tipo de operação realizada para atacar toda a população.
Fonte: Causa Operaria online
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